What's up?
Como prometido, e já que não fiz NADA produtivo hoje, vou comentar nas peças que vi em Las Vegas. Vou explicar as três, dizer o que gostei e não gostei de cada uma, e que técnicas aprendidas na faculdade foram usadas. Já que a cenografia que fiz foi de um teatro de arena, e 2 das 3 peças vistas foram em teatros de arena, creio que o post será bom. Here we go...
Cirque du Soleil Love
Esta foi a primeira peça da minha viagem, mas definitivamente não a mais impressionante. O que mais gostei foi a musica (obviamente). Sendo um amante de Beatles, seria impossível não ter gostado do soundtrack, mas esta ênfase na musica criou um problema para o espetáculo. Como obra circense não foi o que eu estava acostumado do Cirque du Soleil (padrão estabelecido pelo Mystère). As acrobacias não foram nem inovadoras nem impressionantes em geral. As influências da banda por outro lado foram incrivelmente divertidas, com personagens como Father Mackenzie, hippies e até policiais característicos ingleses.
O que notei em relação à cenografia de arena foi simetria nos cenários; como as quatro camas eláticas na primeira fotografia, e as quatro acrobatas na segunda. Muitos mecanismos complexos foram usados, que devem ter um custo muito elevado de uso e manutenção, mas isso foi diferente do trabalho de faculdade, que procurava simplicidade.
La Rêve - The Dream
Este show foi criado pelo grupo competidor do Cirque, Franco Dragone, que era diretor dos shows so próprio Cirque du Soleil (O, La Nouba, Mystère, Alegría e Quidam). Esta incrível produção também foi criada para um teatro de arena, mas de maneira diferente ao Love, é exuberante em acrobacias e variações circenses. O uso de um palco que inunda, permite não só atos terestres como também aquáticos. Mergulhos ridiculamente altos e incríveis fantasias são somente um a pequena fração do que pode ser esperado neste espetáculo.
Gostei da maneira em que, apesar de não haver uma história clara, é possível entender que a protagonista dorme e entra em um sonho profundo, imaginando criaturas místicas e um mundo maravilhoso. Certamente existe uma influência de Alice no Pais das Maravilhas, mas nada direto. A única coisa que me desapontou levemente foi que a artista principal foi mudada no último ato da peça e nem apareceu para aplausos. Imagino que tenha se machucado em algum ponto, mas não tenho certeza. Sei que soa bobo, mas fiquei preocupado.
Em relação as técnicas de cenografia, não posso dizer que muito muda do Love. Simetria em muitos momentos, rotação central para uma visão de 360 graus, e nado que obstruísse muito a visão do público.
Apesar disso, a iluminação teve um papel grande na peça, como pode ser visto nas fotos.
Cirque du Soleil - O
Dos 3, acho q foi meu favorito. Dirigido pelo Franco Dragone (mesmo que La Rêve), o espetáculo é encenado em um teatro normal. Isto permite certa liberdade com profundidade e maior facilidade de mecanismos. Apesar de que os mecanismos foram tão impressionantes, se não mais que, o La Rêve. Tem um certo mistério durante a peça que senti presente também no outro show, mas não no Love.
O que mais gostei deste show foi que as acrobacias foram as mais variadas; com contorcionistas, malabaristas com fogo, acrobatas e palhaços. Creio que não houve o que não gostar, portanto fico devendo nesse critério.
Finalizando...
Se me perguntarem qual dos 3 vale mais a pena ver, fico em dúvida entre o La Rêve e o O. Para uma pessoa que já viu circo diria O, e para uma que nunca viu talvez sugeriria o La Rêve, mas o meu favorito teria que ser o O. Fiquei muito impressionado com a variedade de talentos em tantas áreas diferentes do circo.