A primeira exposição que observamos foi Insustentável Leveza, da artista plastica e arquiteta Anna Paola Protasio. O que entendi foi que a artista quis usar objetos do dia a dia, como cones de rua e escadas, para criar formas incomuns e abstratas. Não só isso, mas também pode se dizer que cada obra tinha o objetivo de provocar diferentes emoções nos observadores. Um bom exemplo era uma obra que agrupava cones de rua em forma de esfera, com as pontas para fora. Ao ver esta escultura, senti um certo desconforto e uma sensação de explosão.
A segunda exposição visitada foi São Paulo Mon Amour; uma interessante perspectiva da cidade de São Paulo. Realizada por um grupo de artistas, se vê desde maquetes de edifícios importantes da cidade até paredes grafitadas e fotos da cidade. O objetivo principal desta exposição, pelo que entendi, era trazer uma visão de metade brasileira, metade francesa, da cidade que vivemos. Pessoalmente, preferi a primeira exposição, mas digo que uma vez no museu, pode-se ver ambas caso tenha tempo sobrando.
Finalmente vamos ao que realmente interessa: a Arquitetura do MuBE. Desenhado pelo ganhador do Pritzker, Paulo Mendes da Rocha, o museu que vários acreditam ser público, é de fato privado. Fundado com o proposito de motivar a cultura na cidade, o museu segue com suas portas abertas até hoje; e o custo para visitar é zero. A estrutura, feita a base de concreto aparente, com um vão de 60 metros cria uma incrível volumetria para o terreno. Jardins de Burle Marx adicionam ao charme da obra, que ocupa 7.000 metros no Jardim Europa. O anfiteatro, apesar de pequeno, tem uma ótima acústica pelo seu formato e pelo espelho de água que fica logo acima, criando um vaco sonoro. O grande prisma retangular que cria o enorme vão é de fato oco, e serve como armazém para as barracas da feira que acontece todos domingos na praça do museu.
Sugiro pelo menos uma visita a todos que se interessam por arquitetura.
Um grande abraço do Sammy